Num futuro distópico, o governo brasileiro decreta uma medida provisória que obriga os cidadãos negros a ‘voltarem’ à África como forma de reparar os tempos de escravidão. O advogado Antônio (Alfred Enoch), sua companheira, a médica Capitu (Taís Araujo), e seu primo, o jornalista André (Seu Jorge) decidem resistir, uns confinados em suas casas, outros no Afrobunker – movimento que vai lutar pelo direito de permanecerem em seu país. Esse é o mote de “Medida Provisória”, que entra em cartaz na rede CINE+ neste primeiro fim de semana de outubro.
O filme, que tem como protagonistas Taís Araujo, Alfred Enoch e Seu Jorge, marca a estreia de Lázaro Ramos como diretor e conta ainda com um grande elenco de 77 atores, entre eles Adriana Esteves, Renata Sorrah, Mariana Xavier, Emicida, Flávio Bauraqui e Paulo Chun. O enredo propõe um debate sobre questões sociais e mistura humor, drama e thriller. “Este filme é o resultado do acúmulo de minhas experiências e de uma tentativa de encontrar outra forma de debater esse assunto”, revela Lázaro Ramos.
“Espero que o público investigue todas as suas camadas. Não é um filme que traz apenas uma mensagem. Tem micro mensagens por todo lado, para as escolhas de casting, a diversidade de pessoas, a diversidade de temas, muitas questões que são levantadas mas não concluídas. Esta é a proposta: ser reflexivo e fazer com que as pessoas se envolvam emocionalmente com o assunto. Espero que o público pegue todos eles e se mobilize assim que eles saírem da sala de projeção”.
![Medida Provisória](https://cinemais.art.br/wp-content/uploads/2023/10/EXECUTIVE-ORDER-STILL-2-Alfred-Enoch-left-Tais-Araujo-and-Seu-Jorge.-Photo-by-Mariana-Vianna.jpg)
“Eu sou suspeita pra falar em como foi incrível, desafiador, gostoso trabalhar nesse filme. Cheguei a falar pro Lázaro diversas vezes que não conseguiria fazer essa personagem, mas ele tá aí, pronto e lindo”, conta Taís Araújo, que vive a médica Capitu. “É a primeira vez que faço algo em português e foi muito desafiador. O Antonio é carioca, de repente lá vou eu com meu português esquisito. Ele é um cara sério, cabeça e muito rico de fazer”, explica Alfred Enoch, que ficou famoso por ter feito os filmes da saga Harry Potter.
“Fiquei extremamente contente e honrado com o convite do Lázaro pra fazer o filme dele e me presentear com esse personagem rico que é o André. Um jornalista inquieto e investigativo, ativista. Também tenho um pouco desse ímpeto do André de ir até às últimas consequências depois de tomar uma decisão. Fazer esse personagem é um grande desafio e ao mesmo tempo um grande prazer”, comemora Seu Jorge.
“Eu acredito muito que nós artistas, nossa missão é jogar luz no caminho e apontar saídas. A dona Izildinha não aponta saída mas nos diz muito como e porque estamos aqui”, defende Renata Sorrah. A gente se emocionou muito durante as gravações. Eu acho que esse filme vai fazer muita história”, diz Adriana Esteves, que dá vida à vilã Isabel, papel que lhe rendeu o prêmio de melhor atriz coadjuvante no Grande Prêmio do Cinema Brasileiro de 2023.
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